Revoltas Armadas no Brasil 15 Exercícios com Gabarito

Questão 01 sobre as Revoltas Armadas no Brasil: Aponte dois fatos que desencadearam a Revolta de Beckman.


Questão 02. O combate conhecido como “Capão da Traição” está relacionado à(a):

a) Revolta de Beckman.
b) Revolta de Filipe dos Santos.
c) Guerra dos Mascates.
d) Guerra dos Emboabas.
e) Palmares.


Questão 03. Quais foram os grupos envolvidos na Revolta de Vila Rica e quais suas intenções ao realizarem tal revolta?


Questão 04 sobre as Revoltas Armadas no Brasil: Mackenzie-SP

A fome já me tem mudo
que é muda a boca esfaimada
mas se a frota não traz nada
por que razão leva tudo?

Os versos críticos de Gregório de Matos descrevem a crise na colônia no final do século XVII, cujas raízes eram:
a) a tradicional dependência econômica em relação à Holanda, sócia na produção açucareira.
b) a centralização administrativa e o rígido monopólio impostos por Portugal, para superar a crise econômica após o domínio espanhol.
c) a ascensão do açúcar brasileiro no mercado inter­nacional, derrotando o concorrente holandês.
d) a extinção de companhias de comércio particula­res, devido à pressão colonial que desorganizava o comércio externo.
e) as pressões inglesas diante da independência econômica e da concorrência de Portugal.


Questão 05. FGV-SP. 
A confrontação entre a loja e o engenho tendeu principalmente a assumir a forma de uma contenda municipal, de escopo jurídico-institucional, entre um Recife florescente que aspirava à emancipação e uma Olinda decadente que procurava mantê-lo numa sujeição irrealista. Essa ingênua fachada municipalista não podia, contudo, resistir ao em-bate dos interesses em choque. Logo revelou-se o que realmente era, o jogo de cena a esconder uma luta pelo poder entre o credor urbano e o devedor rural.
Evaldo Cabral de Mello. A fronda dos mazombos. São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p.123.

O autor refere-se:
a) ao episódio conhecido como a Aclamação de Amador Bueno.
b) à chamada Guerra dos Mascates.
c) aos acontecimentos que precederam a invasão holandesa de Pernambuco.
d) às conseqüências da criação, por Pombal, da Companhia Geral de Comércio de Pernambu­co.
e) às guerras de independência em Pernambu­co.


Questão 06 sobre as Revoltas Armadas no Brasil: UFG-GO. 
O conde de Sabugosa, vice-rei entre 1720 e 1735, apoiou a comunidade de negociantes baianos em seus esforços em preservar o monopólio do tráfico negreiro com a África em oposição aos interesses dos comerciantes de Lisboa, que tinham o apoio de D. João V. […]
Em 1734 houve um protesto contra o monopólio do sal e contra os preços exorbitantes; o juiz de fora de Santos liderou um ataque contra o depósito de sal, colocando o produto à venda com preço reduzido.
RUSSEL-WOOD, Jonh. Centro e periferia no mundo brasileiro, 1500‑1508. Revista Brasileira de História. São Paulo: Anpuh/Humanitas. 18:36 (1988), pp. 232-233.

Os relatos indicam a especificidade da relação colonial na América portuguesa no contexto do capitalismo comercial e absolutista. Da leitura dos relatos, con­clui-se que:
a) o sistema colonial português na América baseava-se na relação de respeito, entre as partes, derivada do pacto colonial.

b) a especificidade do sistema colonial português na América vinculava-se à subordinação política e econômica da colônia à metrópole.

c) a transgressão do princípio da autoridade abso­luta do rei efetivou-se nos atos praticados pelos representantes da Coroa e pela população admi­nistrada.

d) a organicidade do sistema colonial estava asse­gurada pelas formas de domínio político-adminis­trativo da metrópole.

e) a rigidez do domínio metropolitano impediu o atendimento às demandas políticas e econômicas da população colonial.


Questão 07. UFS-SE. Os textos I e II tratam da Revolta de Beckman, uma das primeiras manifestações contra o domínio metro­politano no Brasil.

I. Os jesuítas no Brasil tomaram desassombrada-mente a defesa dos índios contra os colonos ávidos de escravos.
Mal chegado ao Maranhão, o Padre Vieira defendia no púlpito os pontos de vista da Companhia de Jesus sobre a escravização indígena. Em 1680, a Companhia de Jesus conseguiu a promulgação de uma lei que dava liberdade aos indígenas e es­tabelecia penalidades a quem os escravizasse.

II. Manuel Beckman, rico e prestigiado fazendeiro, foi o cabeça da revolução maranhense. Em sua casa, reuniram-se os colonos, tramando a expulsão dos jesuítas, a prisão do governador e a abolição do mo­nopólio da Companhia de Comércio do Maranhão.

A partir dos textos acima, pode-se afirmar que:
a) I foi a única causa de II.
b) I foi uma das causas de II.
c) II foi a única causa de I.
d) II foi uma das causas de I.
e) I e II são eventos independentes.


Questão 08. Contra a escravidão os negros reagiram de várias formas. Explique.


Questão 09. Unicamp-SP. Comentando a Guerra dos Emboabas (1709), o histo­riador Antônio Sérgio escreveu:
Cedo no Brasil se buscaram as minas. Para isso se organizavam expedições (bandeiras) que se inter­navam pelo sertão. Enfim, a descoberta fez-se e a notícia atraiu muita gente. Os habitantes de São Paulo consideravam como inimigos todos os que pretendiam, como eles, enriquecer com o ouro.
Adaptado de Antônio Sérgio, Breve interpretação da história de Portugal.

a) Quem eram os emboabas e por que os paulistas entraram em guerra contra eles?
b) Explique as transformações econômicas que a mineração provocou no Brasil.


Questão 10 sobre as Revoltas Armadas no Brasil: A chamada Guerra dos Mascates decorreu, entre outros fatores, do fato de:

a) Recife não possuir prestígio político, apesar de sua expressão econômico-financeira.
b) Pombal promover a derrama, para a cobrança de todos os quinhões atrasados.
c) Olinda não se conformar com o papel que a aris­tocracia rural exercia na capitania.
d) Portugal intervir na economia das capitanias, isentando os portugueses do pagamento de impostos.
e) Pernambuco não apoiar a política de tributação fiscal do governador Félix José Machado de Mendonça.


Questão 11. A eclosão da chamada Guerra dos Emboabas (1708-1709) decorreu de vários fatores, podendo ser relacio­nada, em parte, com a:

a) nomeação de Manuel Nunes Viana, paulista de grande prestígio, para a capitania das Minas de Ouro.
b) proibição dos emboabas de exercerem atividades comerciais na região das minas.
c) decisão da Câmara de São Paulo, que desejava que as datas fossem exploradas apenas por ele-mentos dessa vila e seus arredores.
d) separação político-administrativa da capitania de São Paulo e Minas do Ouro.
e) convulsão social promovida pela intensificação da atividade apresadora de índios pelos bandeirantes.


Questão 12. A Revolta de Filipe dos Santos (1720), em Minas Ge­rais, resultou, entre outros motivos, da:

a) intromissão dos jesuítas no ativo comércio dos paulistas na região das Minas.
b) disseminação das idéias, oriundas dos filósofos do iluminismo francês.
c) criação das Casas de Fundição e das Moedas, a fim de controlar a produção aurífera.
d) tentativa de afirmação política dos portugueses sobre a nascente burguesia paulista.
e) tensão criada nas minas, em virtude do monopólio da Companhia de Comércio do Brasil.


Questão 13. UFMG. Entre fins do século XVII e o início do século XVIII, as contradições entre os interesses metropolitanos e coloniais se manifestaram de diversas formas no Brasil, especialmente nas chamadas rebeliões anticolonialis­tas. Sobre essas rebeliões, é correto afirmar que:

a) enquanto a Revolta de Beckman e a Guerra dos Mascates expressavam o conflito de interesses entre os comerciantes brasileiros e a Coroa portuguesa, devido ao aumento das taxas e impostos cobrados, a Revolta de Vila Rica se dirigia contra a perda de poder local acarretada pela extinção das Câmaras Municipais.

b) foram movimentos de caráter popular, influen­ciados pelos ideais iluministas, e propunham a  emancipação política da colônia, o combate ao monopólio mercantilista e o fim da escravidão indígena.

c) podem ser entendidas como resultado da reformu­lação da política colonial portuguesa, a partir de meados do século XVII, quando foi intensificada a exploração da colônia, garantindo a transferência de boa parte da renda colonial para a metrópole.

d) a desagregação política e administrativa provocada pela União Ibérica e pelo domínio holandês no Nordeste enfraqueceu os laços entre metrópole e colônia, provocando o surgimento das rebeliões anticolonialistas, que lutavam contra a influência espanhola e o domínio holandês.


Questão 14. Unicamp-SP. No século XVII, o Rio de Janeiro era um dos principais pólos econômicos do Império Ultramarino Português. Na segunda metade do século, a região era grande produtora e exportadora de açúcar e consumidora de escravos, sendo que seus comerciantes atuavam intensamente no tráfico negreiro com a África e no acesso à prata das zonas espanholas na América, através do rio da Prata. A despeito de tudo, seus mo­radores viviam oprimidos com as pesadas taxações que eram obrigados a pagar para a manutenção das forças de defesa.

Adaptado de Luciano Raposo de Almeida Figueiredo. “O império em apuros: notas para o estudo das alterações ultramarinas e das práticas políticas no Império Colonial Português. Séculos XVII e XVIII”. In Júnia Ferreira Furtado (org). Diálogos oceânicos: Minas Gerais e as novas abordagens para uma história do Império Ultra marino Português. Belo Horizonte / São Paulo: UFMG / Humanitas, 2001, p. 207.

a) Identifique os principais pólos que demarcam a extensão territorial do Império Ultramarino Portu­guês no século XVII.
b) Quais atividades desenvolvidas na América por­tuguesa sustentaram sua importância econômica durante o século XVII?
c) Explique de que maneira o fisco era um problema na América portuguesa.


Questão 15 sobre as Revoltas Armadas no Brasil: Entre os mais tradicionais movimentos nativistas ocor­ridos no Brasil colonial, destacam-se as Revoltas de Beckman, dos Emboabas, dos Mascates e a de Vila Rica. Cite outro evento que também seja considerado revolta nativista no Brasil.


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Gabarito com as respostas dos exercícios sobre as Revoltas Armadas no Brasil:

01. Críticas em relação ao pacto colonial, especialmente em relação ao monopólio exercido pela
Companhia de Comércio do Maranhão; choque entre a elite agrária maranhense e os padres jesuítas
em função do desejo daqueles de escravizarem os índios.

02. D;

03. Os organizadores da Revolta de Vila Rica foram mineradores dessa região, aliados a tropeiros
(comerciantes) que a abasteciam. Seu interesse comum era evitar a instalação das casas de fundição,
visando a acabar com o comércio movido a “ouro em pó” e com a sonegação de impostos.

04. B;

05. B;

06. C;

07. B;

08. As mulheres negras provocavam aborto; as negras domésticas envenenavam a comida dos senhores; negros se suicidavam, fugiam e formavam quilombos.

09. a) Os emboabas (forasteiros) eram indivíduos vindos de várias regiões da colônia e de Portugal, interessados na mineração dos paulistas, que descobriram as minas e, por isso, sentiam-se legítimos proprietários e não gostaram da chegada de milhares de forasteiros.
b) Urbanização, formação de um mercado interno, mudança da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro e aumento demográfico.

10. A;

11. C;

12. C;

13. C;

14. a) Seria do meridiano de Tordesilhas até as Filipinas (América, África e Ásia).
b) A produção e a exportação do açúcar, bem como o comércio internacional de mão-de-obra escrava.
c) A política fiscal impunha pesados impostos aos colonos, o que significava gastos excessivos, muitas vezes levando-os à prática de sonegação. Podemos citar também as revoltas de caráter nativista, como exemplo a Revolta de Vila Rica, em que os habitantes ligados à mineração se rebelaram contra a corrupta administração portuguesa.

15. A aclamação de Amador Bueno, ocorrida em São Paulo, em 1641.

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